Na campanha para prefeito de São Paulo em 2012, a poucas semanas do primeiro, turno, as pesquisa de intenção de voto davam Celso Russomanno na frente, Serra em segundo e Haddad em terceiro. Até que a campanha de Russomanno, criticada por não propor nada, apresentou uma proposta tecnicamente boa, mas politicamente péssima: mexer o modo de cobrança da tarifa de ônibus, tornando-a proporcional à distância viajada. Parece lógico: quem anda mais, paga mais. Acontece que, numa cidade gigantesca em que a periferia é habitada somente pelos pobres, o efeito é perverso: quem menos tem, acaba pagando mais.
Pois a “nova CPMF” do Paulo Guedes é a a tarifa do ônibus desta campanha. Se os adversários souberem explorar esse assunto, ele pega. E não adianta explicar que a “nova CPMF” substituiria uma contribuição patronal que seria extinta. Pois o novo tributo, pelo que se falou até agora, não seria apenas patronal. Seria comunal, aplicada na famosa tabela LE: Lasca Eles!