Desde que começou o Big Brother Brasil 21, essa pergunta apareceu nas minhas redes sociais. Eu sabia que Karol Conká era uma cantora negra. Sabia também que exercia algum ativismo, por ter ouvido uma referência a ela num podcast. E isso era tudo e era um tudo muito pequeno ainda que fosse muito maior do
Categoria: Literatura brasileira
Ficção fundamentada na mais pura realidade. É assim que Carmen Lucia Campos classifica o seu livro A Cor do Preconceito. A Carmen é uma das autoras, é dela um dos três pares de mãos que compuseram esse livro. Os outros são de Sueli Carneiro, antropóloga, pesquisadora e diretora do Geledés – Instituto da Mulher Negra,
O buraco na parede, contos, 1995. A coleira do cão, contos, 1965. Agosto, romance, 1990. Vastas emoções e pensamentos imperfeitos, romance, 1988. Feliz Ano Novo, contos, 1975. Histórias de amor, contos, 1997. O Cobrador, contos, 1979. Bufo & Spallanzani, romance, 1986. E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto, romance, 1997.
Carlos Drummond de Andrade nasceu num 31 de outubro antes, muito antes, deste dia se tornar Halloween aqui no Brasil. Para comemorar, já há dez anos o Instituto Moreira Salles criou o Dia Drummond. E vem do próprio Instituto Moreira Salles a reedição, revista e ampliada, deste delicioso livro Uma pedra no meio do caminho –
Já consagrado, Rubem Fonseca escreveu este livro de contos que representa o ponto de chegada da sua arte: aqui estão seus temas prediletos embalando as personagens que só ele sabia construir. O buraco na parede foi lançado em 1995, pela Companhia das Letras, e relançado em 2014, pela Nova Fronteira. De Rubem Fonseca costuma-se dizer
Quarto de Despejo – Diário de uma favelada, de Carolina Maria Jesus, foi publicado em 1960 e saiu, de cara, com uma tiragem de 30 mil cópias. No seu primeiro ano de vida, o livro vendeu incríveis 80 mil cópias. Como comparação, o livro de ficção mais vendido em 2019 alcançou pouco mais de 94
“Ninguém abra a sua porta para ver o que aconteceu: saímos de braço dado a noite escura e mais eu. E ela não sabe o meu rumo, eu não lhe pergunto o seu: não posso perder mais nada, se o que houve já se perdeu. Vou pelo braço da noite, levando tudo o que é
O que me motivou a ler esse livro foi ter lido uma nota de lançamento dizendo que o livro tratava de diálogos que reproduziam a polaridade que vivemos hoje no brasil. A história do romance se passa na Curitiba de 2018 e 2019, então aparece com força o peso da ação da procuradoria federal que
De repente, um livro aparece no meio do nosso caminho. Foi o que aconteceu com Torto Arado, de Itamar Viera Junior. É um livraço! Eu tinha ouvido muitos elogios ao livro quando ele foi lançado, no ano passado, mas ainda não tinha lido. Há uns quatro meses eu li outro grande livro que foi lançado
Eu adoro história. É… história… esse conjunto de conhecimentos sobre os nossos antecedentes… história… aquela matéria que a gente estudava no colegial e contava coisas dos sumérios, babilônios, mesopotâmicos, gregos e romanos… história… essa sequencia de fatos e acontecimentos que acontecem no presente, moldam o futuro e depois ficam no passado. Eu me lembro muito
Há momentos na vida da gente em que uma grande ajuda pode vir de livros escritos já há bastante tempo. Hoje, eu sinto que a leitura, ou a releitura, de Quarup, é primordial. Quarup foi escrito por Antonio Callado e publicado em 1967. A trama do romance se desenvolve em torno da vida de Nando,
Para mim, o melhor romance da literatura brasileira é O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo. Eu li O Tempo e O Vento inteiro três vezes e já li trechos e capítulos até perder a conta. A primeira leitura foi por volta dos 20 anos, numa edição antiga que era da minha mãe, de
Quando se trata de Chico Buarque, de saída eu coloco duas premissas na mesa: 1) sou fã e defendo sua produção artística, inconteste; 2) o sarrafo está lá em cima, onde o próprio artista o colocou desde o primeiro disco em 1966. Do Chico Buarque, eu ouço tudo e leio tudo, tenho tudo sempre à mão e
Polêmica no mundo da literatura brasileira: a FLIP 2020 vai homenagear Elizabeth Bishop, reconhecida, renomada e premiada poeta americana que viveu no Brasil de 1951 a 1971. Além disso: era homossexual e escolheu viver aqui porque se apaixonou por uma brasileira, Lota de Macedo Soares, arquiteta que cuidou da construção do Aterro do Flamengo. Mais
NO EXEMPLAR DE UM VELHO LIVRO (in Fazendeiro do Ar, 1954) Neste brejo das almas o que havia de inquieto por sob as águas calmas! Era um susto secreto, eram furtivas palmas batendo, louco inseto, era um desejo obscuro de modelar o vento, eram setas no muro e um grave sentimento
Faz tempo. Não tanto tempo que já não possa mais lembrar, mas um incerto tempo que fica difícil precisar. Era uma noite de semana, dessas em que você é jovem e sai de bar em bar; talvez fosse uma quarta-feira, porque os bares morrem numa quarta-feira, asseguram Mário de Andrade e Paulo Mendes Campos. Os
Caro Chico, Nós, brasileiros de todas as cores, de todos os gêneros, de todas as idades, de todas as religiões, de religião alguma, de todos os recantos do país e de fora dele, assinamos o teu Prêmio Camões em nome do Brasil. Cada assinatura é um prêmio nosso por sua obra cultural que tanto engrandece
Cerca de duas semanas atrás fiz um comentário num post publicado por uma dos membros de um grupo de Facebook do qual faço parte. A imagem que ilustra esse texto é uma montagem feita por mim com o post original, a minha resposta e um post de Chico Buarque, no Instagram, feito ontem, 9/10. O
Escrevo a quente, tão logo li a notícia de que o filme “Chico – um artista brasileiro” foi proibido de estrear no Uruguai, onde seria exibido numa mostra de filmes brasileiros com patrocínio da embaixada brasileira de lá. Se é fake news, eu não sei. Li na coluna de Ancelmo Gois, no site do jornal
OS INOCENTES DO LEBLON (1940) Os inocentes do Leblon não viram o navio entrar. Trouxe bailarinas? trouxe imigrantes? trouxe um gama de rádio? Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram, mas a areia é quente, e há um óleo suave que eles passam nas costas, e esquecem. São oitenta anos entre o poema e hoje. Os